"Não canso de dizer: o ballet é a minha segunda pele".

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Vocação

Dançar é deslizar pelo universo individual do ser humano capacitando-o chegar ao infinito.Um talento desperto numa ingênua preocupação de correção estética - anatômica, foi o diferencial que contribuiu para a performance futura que definitivamente transformou-se na vocação de bailarina de Cecília Kerche.
Protagonista de uma carreira de reconhecimento internacional onde musicalidade, plasticidade, sensibilidade e emoção desenham uma trajetória de sucesso.
Paulista de nascimento radicada no Rio de Janeiro, teve como professores, Vera Mayer, Halina Bienarcka e Pedro Kraszcuzuk, seu maestro e marido.
Passou a integrar a Companhia de Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 1982, cumprindo a determinação que se fez ainda no seu começo de estudo que - “um dia ocuparia o cargo de primeira bailarina do Teatro mais importante do País” - como de fato ocorreu no ano de 1985.
Uma visibilidade futura,cujo fator preponderante é a sua própria atuação.
O amor pela dança é o grau de excelência almejado, com dedicação e abnegação dessa bailarina que compreende sua arte como sacerdócio, ou seja, uma total disponibilidade ao essencial. Dispensando o efêmero e concretizando valores através da sua vida profissional.
Cecília Kerche, participa de apresentações nos mais importantes Festivais brasileiros e internacionais, por exemplo em cidades como Havana, interpretando obras completas junto ao Ballet Nacional de Cuba.
Apresentou-se em diversas Galas Coreográficas nas cidades de Madri, Moscou, Londres, Santander, Peralada, Narvi Jerez, Cidade do México, Caracas, Santiago do Chile, Assunpção, Montevidéo, Porto Rico, Dresden, Bruxelas, Antuérpia, Paris. Nessas últimas cidades tomou parte no espetáculo “Los Gigantes de La Danse”, junto a Maya Plissetskaya, e várias outras estrelas internacionais.
A Rússia é um lugar de destaque em sua carreira internacional. É convidada periodicamente para atuar nas versões integrais de grandes clássicos nas cidades de Odessa, Novosibirsky, Tashkent, Ufá.
A Australian Ballet contou com sua presença na participação no Ballet “Spartacus”, apresentado nos Teatros de Melbourne e Sidney.
Como convidada do English National Ballet, na categoria de Senior Principal teve a seu encargo a temporada de inverno de 93/94, retornando à companhia como Principal Residente Guest Artist, quando participou das temporadas de inverno e verão de 95/96.
Em 1996, Márcia Haydée criou especialmente para Cecília Kerche um pas de deux inspirado na lenda da sereia Yara.
Posteriormente ,atuou em turnê pela Coréia de onde voltou à companhia de ballet do English National Ballet para turnê na Inglaterra na temporada de Outono de 97.
Na América do Sul, a Argentina se transformou para a artista em espaço amplamente percorrido e de grande reconhecimento da parte de público e críticos, com freqüentes apresentações como artista convidada em Galas, Recitais e atuações junto às companhias oficiais do País.
Convidada periodicamente para atuações no Teatro Colón, fez a estréia sul-americana de “La Bayadère”, preparada por Natalia Makarova.
Mais uma vez convidada pelo Teatro Colón de Buenos Aires, agora em comemoração ao centenário de falecimento de Tchaikovsky, interpretou as personagens, Rainha das Neves e a Fada Açucarada do ballet “O Quebra Nozes”.
Interpretou ainda - “Nikya” - personagem do Ballet “La Bayadère”, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro por essa mesma ocasião.
Em 1999 foi convidada pelo Ballet Nacional do Chile em comemoração aos 40 anos desta companhia, para atuar nas produções de “La Bayadère”, “O Lago dos Cisnes” e “Giselle”.
Em 2000, Derek Dean criou para Cecília Kerche a personagem” Fada Lilás” para a mega- produção do ballet “A Bela Adormecida” no Royal Albert Hall.
No encerramento da temporada de ballet do ano de 2004 , no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, emocionou o público com sua sensibilidade e elegância clássica, ao interpretar primorosamente sua personagem - “Tatiana”- no ballet “Eugene Onegin”.
Em Maio de 2005 retornou à cidade de Perm, na Rússia ,para dançar o ballet “O Lago dos Cisnes” , convidada por Natália Makarova, que considera Cecília Kerche a melhor intérprete das últimas décadas das personagens Odette/Odile.
Devido às suas atuações como artista convidada no exterior, em 2006 recebeu uma bela e merecida homenagem, outorgada pelo Teatro Municipal do Rio de Janeiro, como a bailarina que mais dançou no exterior o Ballet “O Lago dos Cisnes”, homenagem esta que contou com sua brilhante atuação contemplando mais uma vez com sua arte,o público do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Ainda em 2006 foi convidada pela UNESCO para fazer parte do (CID) - Conseil International de la Danse ,como um reconhecimento por toda sua trajetória internacional.


Wellen de Barros























Um comentário:

Unknown disse...

a diva,
a melhor. CK é incrivel!