"Não canso de dizer: o ballet é a minha segunda pele".

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Templo sagrado da Música


Em dois momentos distintos do meu ofício em:  "A Criação" e "O Quebra Nozes".
Essa é a minha forma pessoal de escrever cem anos de história.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O Cisne Ferido

Imagem da vidência inconsciente, num simples gesto onde amor e ódio se confundem num tema de paixão.
Alegria e sofrimento numa só vida desenham, um mar de sentimento sem sujeito pura emoção.
Pra onde voam os caminhos traçados e esguios de valentia e determinação?
Paciência no esperar,paciência no pensar, paciência no agir, paciência até pra chorar...
Eu quero. Eu busco. Eu vou, mas volto...
Sou forte. Posso suportar.
Não!Nada disso... posso até me modificar!
Mas aqui dentro arde uma dor que me corrói até sangrar.
E me olho e me admiro, me vejo


Olho pro lado, não vejo e nem escuto. Outro lado também, não.
O que aconteceu?Todos ensurdeceram, menos eu?
É preciso reagir, sim, é preciso construir, mas posso e devo tentar?
Ah! Como eu desejo renovar,mas espera! Ouve!
Me recolho,me aprisiono, num voo raso de socorro, me espalho...
E então reviver, renascer,me recontar...


Wellen de Barros

sábado, 15 de agosto de 2009

Cecilia Kerche em Joinville


Joinville ainda respira a presença sempre tão aguardada de sua maior estrela internacional do ballet - Cecilia Kerche. Que mais uma vez, compõe a banca de jurados do Festival internacional de Dança de Joinville, considerado o Festival mais importante do gênero.
É inevitável para a elegância clássica do ballet - como é conhecida, não ser questionada por sua performance especialmente no ballet " O Lago dos Cisnes" realizado em Julho passado,que deixou marcas definitivas pelo modo peculiar de interpretar duas personagens ambíguas como Odette/Odile.

Foram momentos de grande alegria e emoção que o público desfrutou ao lado de sua ídola, sempre solícita as milhares de fotografias e assinaturas. Era importante chegar perto do ícone da dança.

Como se constrói uma carreira internacional? O que de fato faz a diferença num gesto? Como expressar um sentimento na medida exata do compositor seguindo a criação de um coreógrafo?

Uma partitura musical visível, no desenho coreográfico onde linhas melódicas seguem uma dinâmica própria. O corpo produz a música. É esse difenrencial na arte da intérprete Cecilia Kerche, que desperta o fascínio entre realidade e ficção.








Talvez a história pessoal dessa intérprete, possa começar pelo prórpio simbolismo "intrigante" do seu compositor preferido - Tchaikovsky. Um temperamento russo, num modo de dançar que ultrapassa técnica. O ballet de Cecilia Kerche é único, porque é um novo idioma na tradiconal liguagem da dança, num modelo instransponível de entendimento entre compositor e intérprete.
O que existe de tão semelhante entre Odette/Odile nessa visão de compositor e intérprete?
Cecilia Kerche - o arquétipo do cisne.
Quem sabe, aí esteja uma proposta num conto de fadas entre intérprete e público.


Aguardemos... o próximo ato.

Wellen de Barros

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Festival de Dança | 20/07/2009 | 14h06min

Cecília Kerche: "eu já sabia que seria bailarina"

Bailarina participou de chat com os internautas nesta segunda

Por 40 minutos a bailarina Cecília Kerche participou de um chat com os internautas nesta segunda-feira. Ela contou que come de tudo, que já aconteceu algo bizarro no palco enquanto se apresentava e da emoção que é subir no palco.

Durante o bate-papo, Cecília revelou que já sabia que seria bailarina.

— Com 15 anos me determinei que seria bailarina do theatro mais importante do meu País e que até meus 25 anos seria bailarina principal deste theatro e assim foi. Já sabia o que queria — disse.

A internauta Fran aproveitou para perguntar qual a bailarina que ela admira e Cecília respondeu Natalia Makarova.

— Tem outras também, mas acho que a Makarova é uma boa representante do que significa se transformar no palco.

Cecília aproveitou para dar um recado para as crianças.

— É só um ponto de vista, não um conselho: na vida há dois grupos de pessoas, os que querem só os loros do trabalho e os que querem trabalhar para colher estes loros. Eu escolhi o segundo grupo, porque tem menos concorrência — completa.

Cecília já participou de 14 festivais, contando com a apresentação integral dos quatro atos intensos de "O Lago dos Cisnes", pelo Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, no ano passado. Uma noite das mais glamourosas para a história do festival e que contou também com a presença de Ana Botafogo, que fez questão de prestigiar sua colega e a sua companhia.

Curiosamente, foi com "O Lago dos Cisnes", mais precisamente o segundo ato, que Cecília estreou no festival, em 1989. A apresentação foi na Sociedade Harmonia-Lyra, primeiro palco a sediar o evento. Odette, a personagem principal de "O Lago dos Cisnes", é um dos mais marcantes de sua carreira.

AN.COM.BRo.



domingo, 17 de maio de 2009

Uma forma de pensar

Sempre que me perguntam o significado de ser uma primeira bailarina de carreira internacional apesar de ter esolhido permanecer no Brasil, penso que fui agraciada pela forma como sempre me dediquei a minha profissão. Isso me fez refletir ainda mais sobre a consequência de levar o nome do meu Pais para outra cultura. Sim porque sou brasileira e quando me apresento em palcos estrangeiros reflito no modo que atuo como cidadã formadora e opinião.
Para mim representa muita resposnabilidade, a medida que o público que me acompanha é muito variado. Obviamente sem nenhuma pretensão, mas suponho que esse público não apenas me acompanhe somente pela plástica o ballet. Sinto-me de certa forma responsável pelo veículo de informação que chega até esse público através de minha arte.
Como formadora de opinião não devo me esquivar do verdadeiro papel do artista que é o de fazer pensar para então transformar.



Escolhi permanecer no Brasil, por acreditar que conseguiria construir uma carreira com identidade, porque apesar de toda dificuldade que se tem no País, aqui sou reconhecida, aqui sou respeitada e fiz o caminho contrário. Não fui estudar fora e depois voltei para o Brasil. Estudei aqui e depois fui dançar fora, mas como convidada.


Faço esse comentário, justamente para sinalizar para os estudantes de ballet, que não pensem que apenas no exterior existem bons professores!!! Aliás, isso é um pouco estigmatizado na arte erudita. Um Pais se faz da sua memória e da sua arte, uma complementa a outra. O que é visto hoje, somente é possível porque alguém construiu ontem, isso chama-se tradição. Portanto, é necessário despertar o jovem para realidade e esa realidade não é algom distante, mas quando refiro-me a realidade refiro-me a disciplina de estudo, ao bom hábito da leitura, enfim a uma educação informativa e consequentemente formativa.






" Na vida existem dois tipos de grupos: Há os que somente querem colher os louros e os que trabalham. Escolha o segundo grupo, pois há menos concorrência".

CecilIa kerche















terça-feira, 3 de março de 2009

A Personagem Predileta

O modo de sentir espiritualizado de Giselle, identifica-se com a sensibilidade da intérprete em sua personagem predileta.
O ballet Giselle contribuiu de forma definitiva para a história do ballet. Cecília Kerche,como parte integrante da história do Theatro Municipal do Rio de Janeiro contribui como um marco na arte do ballet,sendo a primeira bailarina no centenário deste Theatro.E isto somado ao título de Embaixatriz da Dança, por sua atuação nos principais Teatros internacionais.
“Além de toda responsabilidade que esse cargo impõe a uma Primeira Bailarina, particularmente penso que ser uma primeira bailarina é estar atenta às necessidades do seu corpo de Baile. Ser solidária a esse corpo de baile nas mais diversas situações, isso para mim também faz parte da minha função como primeira bailarina”.
Sua fama cruzou fronteiras de modo muito precoce, pois o mundo queria ver de perto essa brasileira de “coração eslavo” – como diria seu compositor favorito Tchaikovski, que tem marca inconfundível na arte dessa bailarina, porque poucas intérpretes entenderam de forma tão íntegra o saber transmitir o interior desse compositor russo.
“Penso que no ano em que completo 26 anos de profissão como primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro ao falar dos inúmeros personagens que já vivenciei nesse palco, “Giselle” ocupa um lugar especial no meu coração. Não apenas por motivos pessoais de grandes e boas lembranças, mas pela força de sua personalidade. O amor que tenho pela dança e pelo Theatro Municipal equivalem à dedicação e entrega que Giselle é capaz de fazer para viver seu amor por Albrecht, e foi assim que sempre vivi para o ballet. Uma dedicação diária de estudo e descobertas que me fizeram perceber a grandeza da arte no ser humano, seus meandros, o quanto se deve e pode servir com arte no sentido pleno da palavra. O amor que tenho pelo Theatro é igual ao meu amor pela dança, por isso nesse centenário de 14 de Julho devemos como artistas refletir sobre o verdadeiro sentido de se fazer parte dessa casa
Quanto já celebramos? Quantos aplausos recebidos? Quantas histórias vividas?
Minha predileção por “Giselle” é seu desprendimento e modo de amar incondicional, pois acredito nesse amor que a arte provoca nas pessoas. Acredito no poder que a arte tem de fazer nascer novamente, transcender, transformar. Só a arte consegue essa mudança porque nos faz sair de nós mesmos.
Se você me perguntar o que sinto quando danço, não saberia responder- apenas percebo que é minha alma quem dança.Daí essa personagem tão misteriosa e ao mesmo tempo tão simples, como uma florzinha do campo. Cada vez que me preparo para viver esse papel aprendo um pouco mais. Creio que dançar “Giselle” seja a forma empírica de escutar a mim mesma, pois a mudança vem de dentro para fora. É preciso olhar para dentro se queremos enxergar o que está em volta.
Celebrar o aniversário do Theatro Municipal é um motivo de grande emoção para quem um dia se determinou a ser a primeira bailarina do Theatro mais importante do seu País. Também por fazer parte de um local por onde passaram as mais diferentes e importantes personalidades do mundo da dança.
Olhar para esses vitrais e ver minha história reluzir neles através do reconhecimento do público, isso é muito gratificante.”
Cecilia é Giselle na sua autenticidade e intensidade de encarar os fatos da vida.O poder transfigurador da arte conquista o interior individual e transforma-se em memória; assim sendo, para seu público, o ballet se define - antes e depois de Cecília Kerche.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Um pouco da minha história contada através dos meus personagens

Libreto Onegin
A história de “Eugene Onegin”, é uma proposta de reencontro personagem/ intérprete, alternados entre vida real e ficção, em que o personagem principal é o próprio compositor.
Tchaikovski faz do Palco sua sala de estar e encontra na interpretação de Cecília Kerche uma espécie de confissão musical da alma.
Estabelece-se um diálogo entre compositor e intérprete, em que Tchaikovski transmite à Cecília uma cumplicidade de entendimento, nas ações e sentimentos. Não é mais ele quem conta a sua história, mas a sensibilidade de Cecília Kerche transformada em arte, torna visível “ouvir” a música de Tchaikovski através de seus gestos e movimentos.
“Eugene Onegin”, pode ser considerado um dos mais belos momentos de inspiração na criatividade do compositor Ilich Piotr Tchaikovski, que retrata uma realidade particular, porém de forte identificação pessoal ao espectador.
O paradoxo entre a ingenuidade sentimental e a arrogância frívola dá à obra um conteúdo essencialmente dramático.
Ao ler o poema de Alexander Pushkin - ilustre poeta russo do final do séc.XVIII, antecipando o romantismo do séc.XIX, Tchaikovski provoca um movimento linear das atitudes identificando-se com a aparente fragilidade da personagem Tatiana, trazendo para sua realidade todo universo de uma vida de sentimentos nobres, envolvidos em valores.
A temática do drama de Pushkin, propõe à humanidade, uma reflexão sobre sentimento e ressentimento, egoísmo e generosidade, destino e fatalidade.
Diferentemente do romance de Pushkin, no cotidiano de Cecília Kerche, não há espaço para ressentimento, devido à uma generosidade espontânea de enfrentar as dificuldades que a vida apresenta.
Há muito que fazer, não estamos aqui para desperdiçar e sim para aprender, ensinar e de cada experiência boa ou ruim é possível tirar uma lição.
“Eugene Onegin” por ser uma obra do sentimento, proporciona a Cecília um modo muito particular de trazer a público esse universo tão pessoal de Tchaikovski, em que todo pensamento se faz acompanhar de um sentimento.
Uma disciplina diária de exercícios cuidadosamente orientados por seu mestre e marido – Pedro Krazszsuck. Uma história de amor na vida real que ultrapassa a ficção, na solidez de uma vida a dois iniciada pela sedução da arte de ambos. A sala de aula, entre uma barra e outra, a solitária descoberta íntima da bailarina, uma paulistana de coração carioca.
Não muito distante de sua personagem Tatiana entretida por seus livros e histórias, desperta para um mundo pessoal individual. É a solidão que a natureza na sua sabedoria requer, para dar vazão a liberdade tão criativa; a integração entre o eu humano e sua transcendência.
Tatiana é o desdobramento poético da personalidade de Cecília Kerche em sua máxima efusão dramática na liberdade de expressão da própria intérprete, que corresponde a essa “exigência” de entrega para compor sua personagem. Tatiana em sua juventude pueril, antecipa uma maturidade da jovem estudante que um dia decidiu ser a primeira bailarina do Teatro mais importante do seu país.
Alicerçada pela sólida formação familiar que recebeu, Cecília, assim como Tatiana na paisagem de sua fazenda não se deixa absorver por meros caprichos de sua irmã Olga. Existe em Tatiana uma objetividade sutil em seu modo de agir cotidianamente.
A jovem bailarina, sempre muita atenta às obrigações escolares e familiares, sendo a mais velha de três irmãos, tem sua vocação já definida enquanto acompanhava sua irmã nas aulas de ballet .
Não importava se a preocupação inicial de seus pais, bons educadores, exigisse um pouco mais da menina de temperamento dócil mas de personalidade determinante. Era uma rotina de sacrifício e muito aprendizado, pois para a família Kerche, os valores morais e éticos serviam de “motivo condutor” para toda vida.
Uma realidade passada de pais para filhos na aceitação dos percalços da vida, não de modo passivo e resignado, mas na busca do entendimento da própria existência, posteriormente aplicado ao limiar da auto-superação, nos desafios físicos/ emocionais vividos na arte do ballet.
Tatiana pode ser considerada a personagem de maior emoção interpretada por Cecília, devido à sua forte identificação com o teor dramático, teatral e romântico que esta personagem exige.
Apesar da responsabilidade inerente à sua privilegiada condição física ideal, reconhecida mundialmente para se ter uma carreira de sucesso e almejada por toda bailarina, essa identificação Tatiana / Cecília, torna-se para o público, uma conseqüência natural, mediante o verdadeiro motivo que conduz sua vida profissional e pessoal – o amor ao próximo.
O título de Embaixatriz da Dança ratifica as atitudes de Cecília em seu ambiente de trabalho, pois existem dois fatores preponderantes em sua atuação. O primeiro é sua visão de troca de emoção entre seu partner - ou seja , para que se chegue ao que o compositor e o coreógrafo desejam naquela obra que se está dançando é necessário uma total entrega, uma doação de parte a parte em cena, para que se possa responder ao personagem. O Poder transformador no palco requer despojamento e generosidade.
O coreógrafo John Cranko (natural da África do Sul – Ruatenburg, nascido em 1927 e falecido em 1973) cria para o ballet de Stuttgart – Onegin, que estreou no Brasil em 1979.
Em 2003 esta peça entrou para o repertório da Companhia de ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com reapresentação em 2004 e em 2006.
Onegin é um ballet de grande força teatral, pelas linhas e desenhos coreográficos comoventes na sua comunicação. Um drama de sentimento.
Tatiana ao olhar-se no espelho vê a imagem de Cecília Kerche - seu desdobramento de alma e sentimento - uma imagem nítida do poder transformador da arte que faz com que o espectador se identifique fortemente com uma realidade contada em forma de ficção.
Cecília Kerche nesse momento empresta à sua personagem toda experiência de viver uma grande paixão. Repete a atitude de Tatiana e ao invés de ver sua imagem, depara-se com a imagem de Onegin que vem ao seu encontro.
É a sombra na alma de Tchaikovski, que não encontra mais sentido na própria realidade e perde sua referência. É a luta pessoal do homem para dominar seu próprio destino.

Tchaikovski confidencia para Cecília no personagem Onegin, o seu momento de desânimo e grande decepção com a própria vida. A impotência para dominar sua insensatez, sua dependência em querer suportar o insuportável.
Onegin sente-se ferido e revida toda sensibilidade de Tatiana, hostilizando seus sentimentos e faz questão de se auto-afirmar, despedaçando todos os sonhos e sentimentos mais nobres externados em papel, nas linhas através da carta onde Tatiana bravamente narra seu sentimento por ele.
Tatiana recebe a rejeição de seus sentimentos como uma dor insuportável, quase física. É impossível acreditar que um homem tão importante e de certo prestígio como Onegin possa reagir a sentimentos tão nobres, com tanta sordidez e desprezo!
O desfecho da história criada por Tchaikovski, é a pergunta que muitos de nós poderíamos formular – É o homem o dono do seu próprio destino?
Porém não é o desfecho da vida de um homem que tem tanto para contar e ensinar a humanidade.
Em Cecília Kerche e Tchaikovski há um encontro de almas que com o passar do tempo seremos capazes de descobrir através de seus personagens. Vida e obra de compositor e intérprete vão compondo um grande “pas des deux”.
Cecília é adversa a qualquer tipo de comportamento mesquinho, que fira seus princípios e a injustiça a machuca profundamente.
Na verdade, Cecília tem uma carreira impecável referente à sua atuação, mas vale dizer que sua impecabilidade se mantém presente na habilidade imperceptível de colaborar para o sucesso alheio. Ela diz que o Sol brilha para todos!
Não lhe importa estar na mídia, porque o sentimento e a consciência que a motivam a dançar não se resumem numa ocasião, num determinado personagem, mas Cecília ao longo do tempo vem descobrindo que a sua carreira é um verdadeiro serviço ao ser humano. Como algo confiado desde sempre à sua condição de criatura humana. Ela é alguém que compreende a divindade de ser artista e por isso sabe que é preciso deixar que a arte realize seus propósitos através dela.


Biografia de Cecilia kerche - publicada no site www.portaldafamilia.org.br