Reconstrução
Talvez
seja um bom tema para se pensar nesse período de Natal, onde o imaginário
coletivo se volta para refletir sobre si mesmo.
Dezembro
fim de ano e mais uma vez celebramos o
encontro entre o eterno e o perene, entre Deus e a Humanidade.
Para ilustrar esse momento acompanhando a
tradição dos principais Teatros do mundo, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, remonta essa bela
história do soldado Quebra Nozes e sua luta contra os Ratos. Na versão de Dala
Achcar essa história ganha um ar mais leve como na tradicional noite de Natal
na casa dos Von Sthahlbaum, que em sua história original é cercada de suspense,
o público do Rio se vê envolto pelo sonho e magia.
Na
história, a menina Clara, nos mostra com sua ingenuidade de criança todo sonho
fantástico do Natal. A expectativa de receber o seu Padrinho Doutor Drosselmeyer com
tantas surpresas e a mais esperada um soldadinho Quebra Nozes.
Somos convidados a entrar nesse sonho pela
música de Tchaikovski, que descreve com maestria cada detalhe dessa véspera de
Natal.
Mas
é bem verdade que tudo está começando e ao falar em Tchaikovski, ninguém melhor
que sua ilustre confidente – a Primeira Bailarina do TMRJ – Cecilia Kerche.
Hora
como Rainha das Neves, hora como Fada Açucarada, compõe a tradição do principal
Teatro de Ópera do País.
Cecilia
Kerche além de excepcional intérprete do seu ofício carrega como característica
marcante à sua personalidade a capacidade de recomeçar. Pois é, recomeçar,
reconstruir adjetivos propícios para essa transição de calendário, o que não se
pode deixar de citar que Cecilia vive também essa transição em sua vida
profissional. Após um certo período de afastamento para se recuperar de uma
lesão no quadril provocada pelo próprio ofício Cecilia Kerche contempla e
emociona seu público, pela sua capacidade humana de perseverar no seu ofício,
com um objetivo muito claro que vem a ser seu amor pela dança.
Esse
é um dos componentes do ballet de Cecilia Kerche.
Feliz
Ano Novo!
Wellen Barros
*Denis Vieira (patner)
*Fotos: Mario Veloso