A Criação de Cecilia Kerche
Cecilia Kerche e Francisco Timbó
A obra de Haydn “A Criação”
traduz com suavidade a riqueza divina na diversidade, no desenho virtual do
movimento de Scholz, Cecília Kerche na figura de Eva inicia sua particular
contemplação pela criação do mundo.
Franz
Joseph Haydn nasceu na Áustria em 1732 na vila de Rohrau. Posteriormente se
mudaria para Viena, onde passou a maior parte de sua carreira. Já como músico
reconhecido resolveu aceitar a oferta de um importante empresário alemão Johann
Peter que o leva para reger na Inglaterra.
Para
melhor ilustrar esse texto os personagens da própria história arcanjos Gabriel,
Rafael e Uriel.
Na
fragilidade humana de Adão e
Eva.
Um belo dueto de Cecilia
Kerche e Francisco Timbó que tocam o horizonte infinito do sentimento universal.
Gestos lineares onde a
interpretação emocionada se enternece com a grandiosidade do Criador supremo.
E essa supremacia rende-se à
criatura no seu ofício principal de fazer-se porta voz da sensibilidade, que
emociona no movimento da bailarina.
Cecilia Kerche se une a voz
que motivou Haydn a compor essa obra “ há tão pouca gente feliz e satisfeita no
mundo, aflições e tristezas continuamente as perseguem; talvez o teu trabalho
possa ser um manancial onde o homem aflito e abrumado pelas preocupações
cotidianas encontre, por algum tempo, paz e descanso”.
O público de Cecilia Kerche é
testemunha dessa paz e descanso que a arte dessa intérprete é capaz de
transmitir, sobretudo pelo ser humano exemplo de superação após longo tempo
fora dos palcos.
Pra Cecilia não há nada tão
real para defini-la quanto estar no palco que escolheu para desenvolver sua
carreira. É bem verdade que o mundo a conhece principalmente a Rússia que já
atuou como bailarina convidada por diversas vezes, mas Cecilia Kerche fez uma
escolha e essa escolha foi pelo Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Brava Cecilia!
Fotos cedidas gentilmente por Raquel Ribeiro.
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