No primeiro ensaio com os alunos da Escola, Cecília disse que conhece bem a tradição russa com o balé. “Fiquei muito tocada com a excelência do trabalho do corpo de baile. Nós, bailarinos, precisamos sempre nos lapidar mas, neste caso, os ajustes que precisam ser feitos são apenas para melhorar o que já está lindo”. Ela conta que esses primeiros ensaios serão os mais “puxados” para os alunos porque “eu vou falar, provavelmente, o que os professores deles já falam, só que vou falar de um modo diferente e isso exige uma certa adaptação”.
As orientações são recebidas com muita atenção pelos bailarinos, como é o caso de Luiza Yuk, integrante da Cia. Jovem ETBB. Para ela, “Cecília está dando mais arte ao balé, vida para a obra, com certeza são detalhes finais que faltavam para que pudéssemos fazer um grande espetáculo no dia 26 de julho. Ela conversou conosco e disse que todos nós falávamos a mesma língua, a língua do amor à arte e do amor à dança”.
A ensaísta interpretou Giselle pela primeira vez aos 18 anos, considera a obra muito comovente e o segundo ato sublime. “É um balé que fica marcado para o resto da vida. A sensação de abrir a porta da casinha para ver o Albrecht está viva em mim há 30 anos e parece sempre ser a primeira vez”, finaliza.
Fonte: site da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil
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