"Não canso de dizer: o ballet é a minha segunda pele".

domingo, 17 de maio de 2009

Uma forma de pensar

Sempre que me perguntam o significado de ser uma primeira bailarina de carreira internacional apesar de ter esolhido permanecer no Brasil, penso que fui agraciada pela forma como sempre me dediquei a minha profissão. Isso me fez refletir ainda mais sobre a consequência de levar o nome do meu Pais para outra cultura. Sim porque sou brasileira e quando me apresento em palcos estrangeiros reflito no modo que atuo como cidadã formadora e opinião.
Para mim representa muita resposnabilidade, a medida que o público que me acompanha é muito variado. Obviamente sem nenhuma pretensão, mas suponho que esse público não apenas me acompanhe somente pela plástica o ballet. Sinto-me de certa forma responsável pelo veículo de informação que chega até esse público através de minha arte.
Como formadora de opinião não devo me esquivar do verdadeiro papel do artista que é o de fazer pensar para então transformar.



Escolhi permanecer no Brasil, por acreditar que conseguiria construir uma carreira com identidade, porque apesar de toda dificuldade que se tem no País, aqui sou reconhecida, aqui sou respeitada e fiz o caminho contrário. Não fui estudar fora e depois voltei para o Brasil. Estudei aqui e depois fui dançar fora, mas como convidada.


Faço esse comentário, justamente para sinalizar para os estudantes de ballet, que não pensem que apenas no exterior existem bons professores!!! Aliás, isso é um pouco estigmatizado na arte erudita. Um Pais se faz da sua memória e da sua arte, uma complementa a outra. O que é visto hoje, somente é possível porque alguém construiu ontem, isso chama-se tradição. Portanto, é necessário despertar o jovem para realidade e esa realidade não é algom distante, mas quando refiro-me a realidade refiro-me a disciplina de estudo, ao bom hábito da leitura, enfim a uma educação informativa e consequentemente formativa.






" Na vida existem dois tipos de grupos: Há os que somente querem colher os louros e os que trabalham. Escolha o segundo grupo, pois há menos concorrência".

CecilIa kerche















2 comentários:

Jordana disse...

Nossa, foi ótimo o que ela falou, isso levanta muito a auto estima da nossa arte, temos mesmo que nos valorizar!

Adorei o blog!

Beijos!

Luiza Melo disse...

Me emociono guando a vejo falando, sempre aprendo algo; Ela fala com tanta grandeza da arte brasileira, em principal a dança, dos seus desafios, Cecília Kerche apresentou aos paucos do mundo o talento do bailarino brasileiro, muito obrigada por você existri, te amo demais Cecília.