"Não canso de dizer: o ballet é a minha segunda pele".

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Kerche no Theatro Municipal



1980 - “Alexander Godounov”
1982 - “Coppélia”
1983 - Projeto Aquarius – Márcia Haydèe, J. Donn, R Cragun
"Diversons"
“ O Quebra Nozes”
1984 - “Giselle”
“Coppélia”
“Orfeo e Euridice"
1985 – Espetáculo comemorativo do 20º aniversário da Embratel
Ballet Espetacular
“ O Quebra Nozes”
1986 – Ballet – 2º Festival Internacional de Dança
- “Don Quixote”
- “ O Quebra Nozes”
1987 – Ópera “Orfeo”
Ballet da Primavera
1988 – 4º Festival Internacional de Dança
Noite de Gala do IX Festival Nacional da Dança do CBDD
“O Lago dos Cisnes”
1989 – “Giselle” – Festival Internacional de Dança
“La Sylphides”
“Corsário”
“Paquita"
"Orfeu e Euridice"
“O Lago dos Cisnes”
“O Quebra Nozes”
1990 - Festival Internacional de Dança
1991 - “O Lago dos Cisnes” – Projeto Ballet para todos
1992 – “Floresta Amazônica”
Projeto Theatro Municipal para todos – Ballet
1º programa
2º programa
3º programa
“O Quebra Nozes”
1995 - Artistas do Theatro Municipal e Convidados
1999 - “Giselle”
Dia de Portas Abertas - Noventa Anos do Theatro Municipal
“Coppélia” “O Quebra Nozes”
2000 - “Dia de Portas Abertas – Noventa e Um Anos do Theatro Municipal “La Esmeralda”
“La Bayadere” - - Nikiya
- Nuestros Valses “Rsa”
2001 - “3 x América”
“O Lago dos Cisnes”
“O Quebra Nozes”
2002 - “ Coppélia”
“O Lago dos Cisnes”
2003 - “Onegin”
2004- “Onegin”
2005 – “A Criação”
2006 – “A Bela Adormecida”
2007 – “O lago dos Cisnes”
“O Quebra Nozes”
2008 - “Giselle”

2011 - "O Quebra Nozes"
2012 - "A Criação"
          " O Quebra Nozes"
2013 - Ensaiadora dos bailarinos principais do ballet " O Lago dos Cisnes"

Notícias continuação...

16º Festival de Dança de Joinville - 1998
-
Noticiário- Programação- Bares,boates, restaurantes de Joinville- Espetáculo para todos- Entrevista com Pollyana Ribeiro- Entrevista com Vasco Wellenkamps- Um passo de ponta
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Uma conversa com personalidades de destaque em SC.
Grandes Entrevistas

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INFO
ÍndiceExpedienteInstitucional
D. QuixoteCecília Kerche e Marcelo MisailidisFoto: Cleber Gomes
CarmenZhandra Rodriguez e Alejandro GómezFoto: Marcelo Caetano
Estrelas de mãos e pés cheios
Suzana BragaCrítica de Dança
Não é uma novidade, mas sempre vale a pena registrar que, ano após ano, vêm melhorando consideravelmente as atrações que ilustram as noites de competições. Se alguns senões ficam por conta dos chamados "gatos por lebre" que são contratados, para a estréia oficial do evento, vendidos a mídia e ao público sem o menor constrangimento de cometer uma propaganda enganosa em torno de companhias, o que muitas vezes deixa críticos e especialistas numa saia justíssima, não pela qualidade, mas pela forma como é apresentado o produto.
Porém, os convidados das noites de competição vêm mantendo um ótimo padrão de qualidade. Os dois primeiros dias de disputas desse ano evidenciaram isso. No primeiro, mais uma vez Cecília Kerche, acompanhada de Marcelo Misailidis. Cecília é a artista que mais freqüenta o Festival de Joinville. Nada de mal nisso. Quem não quer um bis de Cecília Kerche?
Cecília e Marcelo apresentaram o "manjado" pas-de-deux de D. Quixote, que interpretado por essa dupla de bailarinos toma novo corpo, nova alma, nem parece aquela peça cavalo-de-batalha que os estudantes de dança adoram apresentar.
Dançaram bem, com brio, elegância e valentia técnica. Felizmente, sem muitos "olés" ou caras e bocas. Cecília é uma bailarina clean, prefere interpretar menos e dançar mais. Quem tem o físico e as qualidades de Cecília Kerche não precisa apelar e ela sabe disso. Marcelo é um partner exemplar tornando imperceptível uma defasagem física entre os dois pois Cecília é uma bailarina alta e forte para Misailides. Foi nobre a atuação do bailarino. O pas-de-deux foi realizado num eixo impecável. Parecia que Cecília estava dançando sozinha e é isso que distingue um bom partnere um bom entrosamento.
As variações tiveram seus senões, mas coisas irrelevantes diante de uma atuação tão boa. Cecília está absolutamente no "ponto". A bailarina que lutou por mais de um ano para recuperar completamente um problema no joelho volta à plena forma e deu um show de exuberância técnica. A coda, o arremate do balé, foi primorosa. Cecília, aborrecida por um escorregão na variação, entrou "cuspindo fogo" fez o possível e o impossível, esteve endiabrada. De quebra atendeu aos apelos do público e bisou com saúde invejável a coda. Misailidis acompanhou o desafio com elegância.
Na Segunda noite foi a vez da venezuelana Zhandra Rodriguez mostrar que quem foi rei sempre será majestade. Aos confessos 51 anos de idade, Zhandra que desenvolveu uma notória carreira internacional, tendo dançado no American Ballet Theatre, no Balé Nacional de Cuba, e de ter sido a companheira de palco de Mikhail Baryshnikov no auge da fama, mostrou que, em alguns casos ­ só em alguns ­ idade não é documento.
Zhandra é, aliás sempre foi muito especial. Enxuta, bela, cheia de gás Zhandra interpretou uma esplêndida Carmen, muito bem apoiada por Alejandro Gómez no papel de Don José. A coreografia, feita especialmente para a bailarina, é assinada por Hector Montero (do Balé Hispânico de Nova Iorque) com a conhecida música de Bizet. Não é uma peça coreográfica de grande criatividade mas feita, sob medida, para valorizar os pontos fortes de Zhandra como, por exemplo, seu belíssimo trabalho de pernas e pés (nada alterados pela idade), sua sensualidade em dose certa e seu atrevimento quase acrobático. Foi um presente para o público de Joinville assistir a apresentações como a de Cecília e Misailidis e a de Zhandra e Alejandro.
Cecília, sílada a sílaba
Joel GehlenEditor do ANFestival
E no princípio era o vazio enorme e negro do palco, com cada espeço ávido pelo instante de ser preenchido pela substância do seu bailado. Não as mãos, nem as pernas muito menos o corpo inteiro, mas o movimento fátuo em que todas as chamas se acendem para em seguida silenciar.
Ainda sibilam e os olhos sotetram, sílada a sílaba, cada movimento de suas pernas, Cecília. E quando penso que é seu limite, e que além só há o silêncio dos músculos em descanso você inventa uma fração nova para o gesto, um fraseado diferente: o apogeu. Cecília e Marcelo Misailides se enfrentam na arena toureando tudo que não seja perfeição. Esta sim, uma glória brasileira ou, a própria pátria de sapatilhas.
Zhandra Rodrigues nos braços Alejandro Gómez desenhados a régua e compasso, longelíneos e sedutores inventando formas de se estar um no corpo do outro como se um único e seu contrário. Desenha-se quadro a quadro na urgência traquila dos amantes que sabem haver despedida em cada instante.
Ritmo frenético
Vinte três cursos transformam Centreventos em palco de ensino
Fátima ChueccoRepórter do ANFestival
Diferentes idiomas e técnicas se fundem num mesmo objetivo: o aperfeiçoamento e difusão da dança. Por isso, 23 professores de sete países vieram rechear a programação de cursos do 16º Festival de Dança. Diariamente, bailarinos de todo o País sobem e descem freneticamente as escadarias do Centreventos, num balé nascido da mais pura empolgação. Muitos dos cursos foram centralizados no Cau Hansen, onde salas foram adaptadas para o balé clássico, jazz e sapateado. O público aprovou a idéia. "Unir grande parte dos cursos num só local facilitou muito nosso transporte. Com isso também economizamos tempo", diz a paranaense Ana Paula Dias, 25, que pela segunda vez vem a Joinville participar do curso de Roseli Rodrigues. Mas ela acrescenta que os cursistas são, de certa forma, "discriminados". "Nós damos lucro ao festival. Pagamos para ver os espetáculos e pelos cursos. Somos ainda os maiores consumidores da Feira da Sapatilha e da praça de alimentação. No entanto, não temos descontos em nada, nem mesmo nas boates".
A paulista Ivete de Oliveira, 29, que também veio à cidade atraída pelas aulas de jazz, elogiou as instalações do Centreventos, mas reprovou a organização. "Foi divulgado que se poderia fazer inscrição na hora, mas acabou não funcionando desse jeito e perdi o primeiro dia do curso", desabafa. Márcio Monteiro, 22, subiu as serras gaúchas em busca de um aperfeiçoamento no balé clássico. No seu primeiro dia de aulas no Sesc se deparou com uma sala onde faltava linóleo, piano e breu. "Os professores são ótimos. O preço dos cursos é bastante acessível, mas falta acertar detalhes desse tipo", comentou. Na hora do "rango" os dois recém-amigos (eles se conheceram na fila da bilheteria) têm a mesma opinião. "A praça de alimentação está fraca. Não tem nem gatorade", diz Ivete. Márcio salienta que, a praça deveria ter um self-service: "Faço cursos pela manhã e à tarde. Saio do alojamento cedo e só volto de madrugada, depois do festival. Sinto falta de um restaurante que tenha comida caseira dentro do Centreventos".
Sem perda de tempo
Marcelo Brasil, 29, partiu de Pedreira, uma pequena cidade paulista, em busca de cursos com feras internacionais. Se depender do fôlego, o bailarino terá sucesso garantido na carreira, pois, para não perder tempo, se inscreveu em quatro cursos. Durante toda a semana encara as aulas com Alexandre Magno, Rose Calheiros, Roseli Rodrigues e Marcelo Cirino. "E ainda acompanho os espetáculos todas as noites", diz ostentando a boa forma física. Marcelo, mesmo sem subir ao palco, bem que merecia um troféu pelo seu esforço.
Tatiana Hass, 22 e Ana Paula Minari, 21, ambas da Faculdade de Dança da Unicamp, de Campinas, São Paulo, saltaram no Centreventos animadas com o curso de Felipe Sánchez. Não era para menos. O professor espanhol é uma das maiores estrelas da dança flamenca. "É uma oportunidade imperdível, principalmente para quem não pode sair do país para cursos de aperfeiçoamento", assinala Tatiana. As irmãs Camila e Talita Boeing, de 13 e 11 anos, vieram de Florianópolis. Escolheram as aulas de balé clássico da russa Maria Vakhousheva. "O principal é o intercâmbio. As professoras russas são mais rígidas que as brasileiras. Elas nos cobram, por exemplo, maior expressão facial como complementação dos movimentos", diz Camila.
O brasileiro é dorminhoco
O brasileiro é talentoso, mas nem sempre disciplinado. Não respeita horários e dorme demais. Por conta disso, sofe muito quando entra para uma escola no Exterior. O "veredicto" é da bailarina e coreógrafa Rose Calheiros, do Teatro Municipal de Mannheim, na Alemanha e que está ministrando cursos de jazz no Centreventos. Já no primeiro dia de aula, a professora avisou: "Tem que chegar 15 minutos antes, caso contrário, não entra". "Toda a Europa sabe que somos uma fábrica de bailarinos, porém sem disciplina para a dança. Em outro país, o brasileiro fica muito deprimido, engorda e se atrasa. Se o ensaio está marcado para às 9h30, ele chega às 10h05. É uma coisa cultural. Eu mesma, no início, passei por isso. Até hoje uso despertador para levantar com duas horas de antecedência e evitar atrasos", comenta.
Quanto às instalações, a bailarina se diz satisfeita. "Tem que ter muita coragem para criar um evento desse porte. Claro que no primeiro ano de festival numa casa nova, não dá pra dizer que está perfeito, mas essa experiência vai nos servir de espelho. De qualquer forma, do último festival para este, o passo foi enorme. Ser uma convidada é um privilégio impagável".
Sacudindo o esqueleto
Não resta dúvida que o carioca Alexandre Magno, 31, tem muito jogo de cintura. Afinal, tem que dançar e, ao mesmo tempo, supervisionar os movimentos das cerca de 100 alunas do seu curso pela manhã. O coreógrafo que encantou Madonna e também fez trabalhos para Michael Jackson, Cherr, Paula Abdul, Natalie Cole e Gloria Stefan, tenta passar no curso que dá no festival um pouco de sua experiência adquirida no Exterior. "O Brasil está bem situado no balé moderno. Acabo de voltar de um festival na Bahia que provou estarmos em nível de primeiro mundo. Mas o jazz está um pouco atrasado. Falta fundir vários gêneros. Os norte-americanos, por exemplo, utilizam no jazz elementos que vão do clássico ao street dance. O trabalho fica muito mais elaborado", explica.
Com residência fixada em Los Angeles, o coreógrafo diz que é quase um"milagre", em se tratando de Brasil, ter um local como o Centreventos e que sirva tão bem ao mundo da dança, reunindo gente famosa e permitindo o crescimento dessa arte no País. Para os aspirantes a bailarino, que andam meio desanimados com as dificuldades impostas pela carreira, vale lembrar que Alexandre pisou pela primeira vez em Los Angeles com apenas 600 dólares, uma passagem de ida e volta que ganhou num concurso. Não tinha emprego e nem amigos. Mas tinha garra.
Sapateando com Marchina
Surgido no final do século passado, o sapateado ainda é uma modalidade glamouriosa, com sonoridade contagiante e inegavelmente "festiva", assim como o povo brasileiro. "Por isso pegou no Brasil", diz Marchina professora que tem um dos cursos mais concorridos deste festival. "O sapateado está mudando em função das próprias variações musicais. Nosso sapateado é mais rítmico, mais dançado. Minha técnica visa a improvisação de sons e é voltada para a naturalidade dos movimentos". Ela dá aulas há 21 anos e comenta que não existe limite de idade para entrar no sapateado. O único problema é que são poucas as escolas no Brasil. Quanto ao espaço do Centreventos, Marchina aprovou. Apenas observou que a acústica das salas de aula deve ser melhor trabalhada.
Sagração da juventude
Nas noites clássicas, o que mais vêm chamando à atenção do público, dos jurados e dos especialistas em dança é a nova safra que está chegando ao palco. Ela está repleta de mocinhas e rapazes de excelente nível. Em quase todos os números apresentados sempre existe uma bailarininha - às vezes perdida no meio de outras tantas - que fazem arregalar os olhos dos especialistas que já antevêem, para daqui a alguns anos, muitas novas Pollyanas, Danielas, Fernandas Diniz e cia.
Por exemplo, na segunda noite de competições clássicas, o júri deve ter sofrido para decidir, no júnior II quem levaria um primeiro ou um segundo lugar entre as talentosíssimas Aline Campos Ferro Rocha ( Grupo Talhe, do Rio ); Fernanda Gomes Morais (do Dançarte, de Goiás); Andressa Bele Fusco ( Grupo Bele Fusco) ou ainda Maria Clara da Silva (da Escola do CIC, de Florianópolis). Todas poderiam tirar um primeiro lugar e, outros tantos talentos ainda apareceram, dignos de prêmios, no palco do festival.
Na modalidade profissional não houve toda essa exuberância mas também apareceram alguns destaques como, por exemplo, Denise Raquel Siqueira que dançou a variação de "Diana e Actheon", dando o primeiro lugar para a Cia. Raça e Magia (SP) ou Priscila Marcassa, do Grupo Ilusão e Vida (SP), interpretando a mesma variação e ainda Letícia Cavalcanti do Talhe Ballet (RJ), que mostrou um bom estilo e uma técnica segura na difícil variação do "Cisne Negro".
De mau gosto apenas as opções de repertório. Convenhamos que uma concorrente, normalmente uma aluna ou bailarina em início de carreira dançar "Giselle", segundo ato é dose. Giselle é um balé para o ápice de uma carreira profissional, de estilo difícil e que deve ser visto no geral. Outras discrepâncias de repertório também foram observadas, mas afinal ninguém nasce sabendo e é possível corrigir, basta querer.
Dentre os rapazes, Thiago Soares da Cia. De Dança Rio (RJ) deu um show no palco interpretando a variação masculina do balé "Diana e Actheon". O jovem, de 17 anos, promete um futuro brilhante na dança.
Os duos clássicos apresentados na noite não foram de grande expressividade. Mesmo assim destaque para a apresentação do Grupo Talhe, que levou mais um justo primeiro lugar.
Nas apresentações clássicas de conjunto, brilhou o Studio D1, voltando a apresentar-se em Joinville. O grupo curitibano, dirigido por Dora de Paula Soares, apresentou uma bem entrosada e bem elaborada "Tarantella", assinada por Ismael Guiser. As meninas do D1 "tiniram" no palco dando conta, com brios, das dificuldades técnicas da coreografia. Receberam o 2º lugar, poderiam ter levado o primeiro que ficou vago.
Boa a apresentação da Escola de Danças do Teatro Guaíra, com a peça "Reflexos", terceiro lugar no amador II. Ainda no clássico conjunto, nada muito especial apareceu. Venceu o melhor, o Balé Paula Castro, de São Paulo. A confusa coreografia da "Valsa das Flores", numa inusitada versão de Alicia Alonso, segundo o programa foi disfarçada por muitos talentos que se sobressaíram do conjunto.
No geral, uma noite equilibrada. (Suzana Braga)
Foto: Divulgação Croma Imagem
Tango nas pontas
Joel GehlenEditor do ANFestival
Lina Lapertosa e Lair Assis, dois bailarinos de uma das mais importantes companhias nacionais, a Cia Mineira de Dança, de Belo Horizonte, sobem ao palco do Cau Hansen nesta quarta-feira para abrir a última noite de competições clássicas e dar início à apresentações de danças populares. No programa, a peça "Tango Concierto", um tango popular de Astor Piazzolla, coreografado por Oscar Araiz e dançado nas pontas. Nada mais adequado para uma noite de dupla face.
Lina é bailarina de formação clássica e desde 1980 integra o elenco da companhia oficial mineira, que até 1990 chamava-se Balé Palácio das Artes. Em 1983, passou a primeira bailarina. A partir de então participou de todas as montagens da Cia em coreografias contemporâneas, modernas e clássicas, dançando os melhores coreógrafos da atualidade como Rodrigo Pederneiras, Tíndaro Silvano e os argentinos que atuam no Brasil, Luis Arrieta, Oscar Araiz e Julio Lopes. Lina tem em seu currículo residência de estudo no conceituado conservatório Julliard School, de Nova Iorque, aulas no Bolshoi, em Moscou, e apresentações ao lado do bailarino cubano Fernando Bujones.
Moderno e contemporâneo
O partner de Lina, Lair Assis, também bailarino mineiro integrante da Cia. de Belo Horizonte há dez anos, tem formação clássica, mas construiu toda sua carreira com peças modernas e contemporâneas. Das suas apresentações internacionais destaca a participação, com o mesmo "Tango Concierto", em 1994 no concurso Vignale Danças, na Itália. "Tango Concierto" foi criada originalmente para Júlio Bocca, bailarino argentino.
A versão que será apresentada no festival foi remontada em 1988 em Belo Horizonte por Araiz. Segundo Lina, trata-se de "uma peça que agrada muito, pois começa estilizada, depois passa para um tango realmente mais popular". Lair descreve a coreografia como "um tango com técnica clássica, que transpira amor, ódio e reconciliação". A peça usa muito os passos do tango mas é dançada nas pontas, tendo como figurino uma camisola para a bailarina e roupas comuns para o rapaz; o cenário - como seria de se esperar de um tango - é composto apenas de uma cadeira. O público pode esperar desta peça a sensualidade típica do tango, começa como se fosse uma briga, uma luta dentro de um quarto. Esta remontagem foi feita em 88 e desde então Lina e Lair vêm dançando-a juntos.
16º Festival de Dança de Jonville
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Última noite de clássico divide palco com danças populares
Esta quarta-feira é o último dia das competições de clássico. A noite ainda será divida com as danças populares. Serão 15 coreografias no clássico, entre amador e profissional. Apesar da presença de grupos que "alugam" o palco do festival nos últimos anos, como o Ilara Lopes, que participa e ganha prêmios em Joinville desde o início do festival nos anos 80; o Centro Mineiro de Danças Clássicas, que, a rigor, dispensa apresentações; o Pavilhão D; o Especial, novas escolas entram na disputa pelo pódio.
Único grupo catarinense a dançar nesta noite, o Gayia, de Florianópolis, apresenta a coreografia "Entusiasmo", de Bárbara Rey, sob o tema musical "Entardecer", de Renato Borghetti. A peça, que tem 9 bailarinos em cena, se inspira no entusiasmo como emoção capaz de gerar atitudes, opiniões, raciocínios, enfim, produzir um modus vivendi calcado na subjetividade, mas que tem implicações no cotidiano do ser humano concreto, objetivo, que vive em sociedade.
A Academia de Balé Lina Penteado também é outro grupo que vem despontando nos últimos anos no Festival de Joinville. Neste ano, os oito bailarinos de Campinas, cidade do interior de São Paulo, interpretam a coreografia "Joker", de Luciana Checchia, que tem como inspiração o coringa do baralho, em que os integrantes dançam como se tudo - até a vida? - não passasse de um grande exercício lúdico.
Baseado no romantismo italiano, o Grupo Uirapuru (de Ilara Lopes), defende a coreografia "Soirée", de Jorge Peña. O tema musical é "Coletânea de Britten", de Rossini. Outro grupo que se inspira em um romantismo todo particular é o Camila Ballet, de São Paulo. Trata-se de uma paixão avassaladora de um pintor, mestre do impressionismo, Degas, pelo balé. As bailarinas foram a fonte-mor do pintor francês, que as retratou, esculpiu, acariciou com o olhar lânguido e preciso, como ninguém nas artes plásticas.
Mais um neófito pisa no palco "zero-quilômetro" do Centreventos Cau Hansen. Trata-se do Ballet Miti Warangae, de São Bernardo do Campo, que aposta em "Grand Adágio" para surpreender os favoritos da noite. Segundo o material de divulgação da escola, a peça tem linhas e formas bem acadêmicas, "definindo a linguagem clássica de acordo com o nível técnico dos bailarinos".
O Grupo Passo a Passo, de São Paulo, filho do profissional Cisne Negro, um dos convidados especiais do ano passado, apresenta a coreografia "Flocos de Neves", uma adaptação de Gláucia Coelho do 1º ato do balé "Quebra Nozes" para o tema musical "Waltz of the Snow Flakes", de Tchaikovsky. Pelo retrospecto do grupo paulista que tem na direção a competente Hulda Bittencourt, tem grandes chances de subir ao pódio nesta noite.
Populares
Nas disputas de danças populares, uma surpresa: o Dança de Rua do Brasil, grupo que costuma levantar o público em suas apresentações de street dance no festival, companhia que, inclusive, detém dois Troféus Transitórios do festival. O grupo Santista apresenta "Samba de Rua", uma coreografia que aposta na malemolência e na cadência da batida da bateria e seus surdos, tamborins e agogôs e pelo apito do mestre. A coreografia pode ser traduzida em duas palavras: samba no pé. Ou, como preferem os seus integrantes, samba de rua.
Outro na disputa é o Cia de Dança de Salão Edson Nunes, que aposta em "Heróis de Ontem", uma criação coletiva do grupo. Os bailarinos caem na festa do rock'n'roll. Energia e suingue não devem faltar. Já o Klânemos Cia de Dança, de Hortência Móllo, diretora e coreógrafa do grupo carioca, sobe ao palco com "Suíte Russa". O enredo é sobre "jovens e enamorados casais russos, misturando lirismo, leveza, com o embalo do som do rico folclórico russo. Para fechar a noite, sobe ao palco o Grupo Expressão com a coreografia "Inconstâncias", de Renata Monnier, se inspira em dicotomias: forte e fraco, suave e forte, homem e mulher...
Bailarinos lançam moda em Joinville
Andressa ShellerEspecial para o ANFestival
Touquinhas, muitas touquinhas com trancinhas amarradas por elásticos coloridos. Cabelos de várias cores que vão do laranja até o mesclado loiro com preto. Brincos muitos brincos na orelha e piercings em outras partes do corpo. Redes de várias cores e tamanhos nos cabelos. Estas são algumas das modas lançadas pelos bailarinos participantes da 16º edição do Festival de Dança de Joinville.
Passeando pelos shoppings da cidade é possível avistar facilmente meninas usando duas trancinhas no cabelo ou usando toucas ou até as duas coisas, como foi o caso da curitibana Fernanda Mara Vernine. Ela conta que em Curitiba é moda usar touca devido ao frio e que resolveu trazer esta moda para joinville durante o festival para se diferenciar das outras bailarinas, mas pelo visto não deu muito certo. "Todas as bailarinas estão usando touca, é realmente algo incrível, resolvi então junto com a touca usar duas tranças no cabelo", explica.
"Cabelo, cabeleira, cabeluda, descabelada. Cabelo pode ser cortado, pode ser seco ou molhado", diz a música. Mas os cabelos querem ser coloridos nas cabeças dos garotos que dançam street neste festival.
Adir Oliveira, 21 anos integra o grupo de street de Santos (SP) e possui o cabelo pintado na cor laranja avermelhado. Ele afirma que cada integrante do grupo possui o cabelo de uma cor diferente. "Um possui cabelo amarelo,outro verde e outro roxo. Fazemos isto porque achamos legal, combina com as coreografias e assim nós também nos diferenciamos dos outros dançarinos", diz.
Outro dançarino de street que tingiu os cabelos foi o carioca Wagner Luiz. Ele participa do grupo de street Aprint de Navegantes (SC) e pintou os cabelos de duas cores; preto e amarelo. "Achei o máximo o meu cabelo. Adorei. Assim desse jeito me destaco e me diferencio das outras pessoas e dos bailarinos de street de outros grupos", de lara vaidoso. O bailarino Rafael Dias Tavares de apenas 12 anos de idade circula pela praça de alimentação do Centreventos com dois brincos argola.
Um raro incentivo à dança
O bailarino, coreógrafo e produtor Márcio Costa, 31, veio de Roraima com a Cia de Dança Master Class, acompanhar o festival, de ponta a ponta. O grupo viajou confortavelmente num avião particular, emprestado pelo governador do Estado, Neudo Campos. E não teve que se espremer em alojamentos. Estão todos em hotel. O bailarino deixou Brasília, sua terra natal, em busca de caminhos que o fixassem na dança. Em Roraima encontrou campo para um Movimento pela Cultura e Esporte (já que é também professor de Educação Física). Desde então, vem obtendo sucesso em seus projetos. "Tivemos sorte em conseguir incentivo do Estado. Isso é raro. Mas já é a quarta vez que a gente viaja com esse tipo de apoio", diz o bailarino que, este ano, só deverá se apresentar em palcos ao ar livre. "Nossa inscrição não chegou a tempo", explica.
Para o grupo, cada dia do festival é muito produtivo para a carreira. Além dos cursos, eles dizem absorver muito conhecimento nesse contato direto com outras companhias. "Assistir ao festival já é uma grande escola. A grande vantagem é a diversidade de coreografias, a quantidade de movimentos e técnicas. É fundamental participar, observar cenários e figurinos. Aproveito tudo", comenta Costa. (FC)
História dofestival contada em livro
Muitos convidados e participantes do 16º Festival de Dança de Joinville se reconhecerão nas 330 páginas do livro "Festival de Joinville ­ 15 Anos de Dança", cujo lançamento será nesta quarta-feira, às 15 horas, na Praça de Convivência do Centreventos Cau Hansen.
Escrito pela crítica de dança Suzana Braga e os jornalistas Joel Gehlen e Paulo César Ruiz, o volume conta a história do festival, seus personagens, bastidores, sua evolução como evento cultural e seu papel no desenvolvimento da dança brasileira.
Cerca de 200 fotos, que compõem a memória do festival, ilustram a luxuosa publicação. "O texto tem a agilidade de uma grande reportagem", diz Suzana, que acompanha o festival desde a sua quarta edição.
Durante o festival, o livro estará a venda com preço promocional, de R$ 60,00. Depois, cumprirá uma agenda de lançamentos em todo o Brasil e estará disponível em livrarias por R$ 100,00. Em Joinville, será possível encontrar o volume na Livraria Midas.
Resultado de cuidadosa pesquisa, "Festival de Joinville ­ 15 Anos de Dança" conta com patrocínio do Ministério da Cultura, Prefeitura e Fundação Cultural de Joinville e Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), além do apoio do jornal "A Notícia".

Tempo (29/01/2005)
Fonte:
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Notícias publicadas


Kerche e o argentino Hernan Piquin são atração de espetáculo de gala promovido pela Pró-Música em Florianópolis
Valéria Lages
Convidada a dançar em todo o mundo, a bailarina Cecília Kerche tinha prometido não sair do Rio de Janeiro durante seis meses para retomar o trabalho como primeira bailarina do Teatro Municipal. No posto desde 1985, estava afastada há quatro anos por divergências com a gestão anterior. Mas não resistiu à proposta da Pró-Música de Florianópolis. "Seria a primeira vez que eu me apresentaria aqui e, além disso, aceitaram a minha sugestão de fazer uma noite de gala, acrescentando ao espetáculo uma companhia de dança e cantores locais, valorizando os artistas catarinenses", explica.
Tudo acertado, show marcado: hoje e amanhã, no Teatro Ademir Rosa, do Centro Integrado de Cultura (CIC), às 21 horas. Entre os sete números a serem apresentados, um será solo de Cecília, dois serão do Conjunto Vocal Coração, do Colégio Coração de Jesus, dois do Balé Paula Castro, fundado em São Paulo com uma escola filial no CIC e outros dois serão grand pas-de-deux de Cecília com o argentino Hernan Piquin, primeiro bailairno do Teatro Colón, de Buenos Aires. O russo Dimitri Goudanov, que dançaria com ela, cancelou sua participação na sexta-feira por ter sofrido internação hospitalar devido a uma hepatite aguda.
Cecília irá abrir o espetáculo com o clássico "A Morte do Cisne". "Essa coreografia é fantástica porque foi registrada depois que a bailarina russa Ana Pavilova, que era genial, dançou a partitura criada por Fokine, em 1908. Ele não passou os gestos para ela, apenas disse o que o cisne sentia em cada nota e ela dançou se lembrando do que ele tinha falado. A partitura foi feita por Fokine em 15 minutos e ele ficou assitindo Ana interpretá-la, dentro da cochia, apenas acompanhando", conta, empolgada. "Tive a felicidade de ser enquadrada entre as poucas bailarinas do mundo que desde então conseguiram, em 2 minutos e 10 segundos, passar toda a beleza, a harmonia e a leveza do cisne, como fez Ana", complementa.
INTERNACIONAL
À exceção da maioria das bailarinas brasileiras, Cecília conseguiu ser reconhecida no Brasil sem ter que ir estudar fora do País. Depois, veio a fama internacional. "Aos 15 anos, tive a sorte de conhecer Pedro Kraszczuk, que era fabricante de sapatilhas e bailarino e que me incentivou muito. Acabamos casando e estamos junto há 19 anos, ele que cuida da minha carreira. Eu estudava balé desde os oito, mas foi com 15 que comecei a dançar mesmo. Pedro patrocinou as sapatilhas e custeou meus estudos. Meus pais, que eram professores, se esforçavam muito para pagar", conta. Tanto empenho familiar também foi bem aproveitado pela irmã, Graice Kerche, campeã mundial de aeróbica.
Aos 38 anos e com atuação reconhecida em todo o mundo, Cecília não hesita em dizer às bailarinas iniciantes: "Quem não fizer do balé sua vida não deve nem fazer, tem que saber que requer muito esforço. O balé tem que ser como uma segunda pele, pensar só como carreira não dá, ainda mais no Brasil".
O argentino Hernan Piquin nasceu em 1973, em Buenos Aires. Em 1985 entra no Instituto Superior de Arte do Teatro Colón, de onde saiu em 1990 para temporada no English NationaL Ballet School, em Londres, e depois no Le Jeune Ballet de la France, em Paris, companhia na qual desempenhou o papel de solista e primeiro bailarino. Piquin passou ainda pelo Ballet Juvenil de Caracas, na Venezuela, antes de, em 1992, ingressar no Balé Estável do Teatro Colón. Três anos depois, em 1994, é convidado por Julio Bocca - o mais importante bailarino argentino da atualidade - a formar o Ballet Argentino, no qual desempenhou como solista e primeiro bailarino em turnês pela Europa, Ásia, África e Américas. Em 1997 voltou para o Colón. Cecília Kerche e Piquin já dançaram juntos em várias oportunidaes.
Outra atração das duas noites promovidas pela Pró-Música de Florianópolis, o Ballet Paula Castro foi fundado em São Paulo em 1979 pela paulista, bailarina e coreógrafa que dá nome à companhia. O grupo tem uma coleção de prêmios nacionais e internacionais. O balé participa do espetáculos de hoje e amanhã com a bailarina Ana Paula Chiattone, colecionadora de medalhas de ouro na Argentina, Uruguai, Cuba e nos mais importantes festivais de dança do Brasil. O Conjunto Vocal Coração, formado por estudantes do Colégio Coração de Jesus, é regido pela maestrina Aurélia Hackenhaar.
Programa
Camille Saint Säens
A Morte do Cisne
Coreografia: M. Fokine
Cecília Kerche

Milton Nascimento
Canção da América
Conjunto Vocal Coração
Regente: Aurélia Hackenhaar

Tchaikovsky
Valsa das Flores
Coreografia: Ana Júlia Bermudez
Ballet Paula Castro (SP)

Tchaikovsky
A Bela Adormecida - pas-de-deux
Coreografia: Marius

Críticas

Sent: Saturday, February 21, 2004 1:32 PM
Subject: Gigantes de la Danza
LOS GIGANTES DE LA DANZA .

SI ALGO TENÍAN ESTOS GIGANTES ES LA TRANQUILIDAD DE SABER LO QUE SON
Y QUE NO TIENEN QUE DEMOSTRAR A NADIE CON MALAS CARAS,
O CON EXCENTRICIDADES, QUE SON GRANDES, SON RECONOCIDOS.

SON ESTRELLAS Y SABEN QUÉ HACER PARA SALIR AIROSOS ANTE LAS DIFICULTADES Y LAS TENSIONES DE UNA GALA DE ESTE TIPO .

ASISTIMOS A DOS FUNCIONES DE GALA ,19 y 20 de FEBRERO.
EN EL AUDITORIO DE LA CIUDAD DE MÉXICO.
NO COMENTARE DE LA PRIMERA FUNCIÓN.
SOLO DE LA SEGUNDA .

SE INICIA EL PROGRAMA CON :

EL PASO A DOS DEL II ACTO DE GISELLE

INTERPRETADO, POR CECILIA KERCHE Y JOSÉ MANUEL CARREÑO ,
EXCELENTE CLASE , NO PODÍA HABER MEJOR INICIO.

CECILIA ETÉREA , HACIENDO GALA DE SU DOMINIO TÉCNICO , EN ESTE ADAGIO TAN DIFÍCIL Y COMPLICADO , MOSTRANDO GRAN CONTROL Y LA ELASTICIDAD QUE LA CARACTERIZA , MUY BIEN ACOMPAÑADO EN EL DÚO POR UN JOSÉ MANUEL , QUE MOSTRÓ , LIMPIEZA , MADUREZ , ESTILO , CLASE Y TÉCNICAMENTE , EXCEPCIONAL LOS DOS CONFORMARON UNO DE LOS DÚOS MAS INTEGRADOS DE LA NOCHE .

EL TORERO .

SOLO INTERPRETADO POR UN BAILARÍN DESCONOCIDO HASTA ESTE DÍA POR MI, RASTA THOMAS
ESTE SOLO ES UN MONOLOGO DONDE EL INTERPRETE TE MUESTRA AL TORERO , AL TORO , AL PUBLICO , Y CLARAMENTE PUEDES IDENTIFICAR EN CADA MOMENTO LO QUE SIENTE CADA UNO DE ESTOS PERSONAJES QUE RASTA TRANSFORMA EN CADA UNO DE SUS MOVIMIENTOS , POSEEDOR DE UNA GRAN ELASTICIDAD , Y GRAN DOMINIO DE SU CUERPO JUEGA CON LA INTERPRETACIÓN Y CON LA MÚSICA DE TEMA FLAMENCO , QUE SIEMPRE ES MUY ESTIMULANTE .

EN LA ALCOBA

GILIAN MURPHY , ETHAN STIEFEL
BELLOS BAILARINES , DELGADOS , BLANCOS RUBIOS , BUENA LÍNEA , BUENA TÉCNICA INDIVIDUAL , SIN FALLAS EN EL ADAGIO , ELLOS BAILARON ESTE DÚO MUY BIEN , CON CALIDAD , SU INTERPRETACIÓN , FUE MUY BUENA , PERO SIENDO TAN BUENOS BAILARINES LES FALTA ÁNGEL ESCÉNICO NO HAY QUE RECORDAR QUE ESTAMOS VIENDO A LOS GIGANTES DE LA DANZA MUNDIAL , A LOS MEJORES Y COMO TAL SERÁN JUZGADOS .

ARMS

MAXIMILIANO GUERRA
ESTE SOLO YA ME HABÍA IMPACTADO HACE 2 AÑOS EN EL FESTIVAL DE BALLET DE LA HABANA , Y POR ESTA OCASIÓN , NO FUE DIFERENTE , MUESTRA A MAX EN SU MADUREZ INTERPRETATIVA , CON UNA FUERZA , Y UN DOMINIO DE LA ESCENA QUE TE HACEN OLVIDAR POR UN MOMENTO QUE EL MUNDO EXISTE FUERA DEL ESCENARIO .

RAYMONDA

SIMONE NOJA ,GIUSEPPE PICONE
GRAN CALIDAD DE ESTOS INTERPRETES , BELLAS FIGURAS Y BELLOS ROSTROS , LIMPIOS , CLAROS EN SUS MOVIMIENTOS , CON LA TRANQUILIDAD QUE REQUIERE ESTE BALLET MAJESTUOSO EN SU ANDAR SIN PRISAS , HACE UNOS AÑOS VI POR PRIMERA VEZ A PICONE Y EN ESA OCASIÓN , VI UN BUEN BAILARÍN , AHORA QUE LO HE VISTO INTERPRETANDO OTRAS COSAS, HE VISTO QUE NO POR GUSTO ESTA CONSIDERADO ENTRE LOS GRANDES DE LA DANZA MUNDIAL , PORQUE ESTE ARTE NO ES SOLO GIROS Y SALTOS , PORQUE COMO DECÍA UN GRAN AMIGO MÍO ,......CUANDO SE ACABA EL SALTO QUE QUEDA ....Y ES LO QUE TIENE ESTA ESTRELLA DE LA DANZA , SABE LLEGAR Y
CONVENCE .

EL CORSARIO .

PALOMA HERRERA , RASTA THOMAS
YA SABEMOS DE QUE SE TRATA ESTE PASO A DOS , INTERPRETES VIRTUOSOS , BUENA MÚSICA , BRILLANTE , NOS PRESENTA A PALOMA HERRERA , ELLA ES UNA BAILARINA CON UNA POTENTE TÉCNICA , FUERZA AL BAILAR , CALIDAD , SE VE BIEN , NO POSEE LA MEJOR FIGURA DE LA NOCHE PERO SABE MUY BIEN COMO ATRAPAR AL PUBLICO EN GENERAL , PARTICULARMENTE ME PARECE QUE CUANDO BAILA LE CAMBIAN EL TRAJE Y LA MÚSICA ,
PORQUE SIGUE SIENDO ELLA EN CADA INTERPRETACIÓN ,
ELLA BAILA PALOMA HERRERA , NO OTRO PERSONAJE
RASTA VIRTUOSO , CON FUERZA , GRAN CALIDAD CON GRANDES DESEOS DE AGRADAR DE TRIUNFAR , AUNQUE DE ANTEMANO YA DIJE QUE ELLOS SABEN QUE SON TRIUNFADORES,
PERO SE NOTA LA JUVENTUD Y LAS GANAS DE SEGUIR EN ESTE PEDESTAL .

AÚN TE TIENTO

RAFAEL AMARGO

HEMOS LLEGADO AL FINAL DE LA PRIMERA PARTE , BAILAORES , CANTAORES , MÚSICOS
TIENEN MUCHA CALIDAD , ME PARECE ACERTADA LA INCLUSIÓN DE ESTE GRUPO EN ESTA GALA , DA UN TOQUE ESPECIAL , Y MUESTRA A TODO EL PUBLICO QUE DANZA ES TODO , Y QUE ES LA MISMA FAMILIA POR NO DECIR QUE CUANDO SE HABLA DE DANZA SE HABLA TANTO DE BALLET CLÁSICO , COMO CONTEMPORÁNEO , COMO FLAMENCO , ETC , TODO ES DANZA , Y SON LO MISMO , ME MOLESTA BASTANTE CUANDO TRATAN DE DIVIDIR ESTAS COSAS , COMO SI NO PUDIERAN CONVIVIR JUNTOS , ESTA GALA LO DEMUESTRA .
PERO CUANDO SE TRATA DE GALA , HAY QUE ESPECIFICAR Y REAJUSTAR LAS COREOGRAFÍAS QUE CADA BAILARÍN , O GRUPO HACE , PORQUE SE VUELVE INTERMINABLE .

RAFAEL AMARGO EMPEZÓ MUY BIEN , LLEGUE HASTA PENSAR QUE SERIA LO MAS APLAUDIDO DE LA NOCHE , DE HECHO EN ESTA PRIMERA PARTE FUE LO QUE RELAJO AL PUBLICO Y LOS APLAUSOS SE SUCEDÍAN EN CADA VARIACIÓN INTERPRETADA POR LAS DOS ESTRELLAS DEL GRUPO , PERO LLEGO UN MOMENTO QUE LO QUE POR MOMENTOS PUEDE SER MUY BUENO SI TE PASAS SE VUELVE EN TU CONTRA , ASÍ QUE EMPEZARON A CALENTARSE LOS BAILAORES Y CANTAORES , Y DE PRONTO LO QUE ERA UNA DELICIA SE CONVIRTIÓ EN UN ACOSO QUE NO TERMINABA NUNCA , 45 MINUTOS DE EUFORIA POR PARTE DE LOS ARTISTAS Y EL PUBLICO QUERIÉNDOSE LEVANTAR PARA IR AL INTERMEDIO , YA LO DIJO QUIEN LO DIJO ...BUENO ,SI ES CORTO,TRES VECES BUENO .....

INTERMEDIO

EL CISNE NEGRO

GILLIAN MURPHY , ETHAN STIEFEL

MUY BIEN BAILADO TÉCNICAMENTE , LIMPIOS ELLA MUY VIRTUOSA EN SUS GIROS , TANTO EN LA VARIACIÓN COMO EN LA CODA , MOSTRARON OTRA VEZ QUE SON PRIMERAS FIGURAS DE UNA DE LAS COMPAÑÍAS MEJORES DEL MUNDO , Y QUE TIENE SU PUESTO GANADO ENTRE LOS GRANDES .
AQUÍ MUCHO MAS VIRTUOSOS EN SUS SOLOS , LIMPIOS , CON MUY BUENAS TERMINACIONES , PERO LES FALTA PESO EN EL ESCENARIO .

SLINGERALD

SIMONA , PICONE

ESTE TIPO DE COREOGRAFÍA TIENE SUS ADEPTOS
( WILLIAM FORSYTHE )
PARTICULARMENTE NUNCA ME DICEN NADA , AUNQUE HAY QUE ELOGIAR LOS INTERPRETES , PORQUE NO TODOS LOS BAILARINES PUEDEN DARSE EL LUJO DE HACER SUS COREOGRAFÍAS , Y DE VERSE BIEN , ESTOS FUERON IDEALES PARA ESTE ESTILO BUENA FIGURA , CONDICIONES FÍSICAS , BELLOS EN EL ESCENARIO Y EN MUY BUENA FORMA .

DIANA Y ACTEÓN

CECILIA , MAXIMILIANO

ESTOS INTERPRETES , HAN HECHO GALA DE ESTE BALLET DURANTE TODA SU CARRERA , RECUERDOS MUY AGRADABLES DE LOS DOS ,EN FESTIVALES DE BALLET EN CUBA Y EN GALAS POR TODO EL MUNDO ARRANCANDO APLAUSOS INTERMINABLES DEL PUBLICO EN CADA MOMENTO .

CECILIA ES LA VIVA ESTAMPA DE LA DIANA CAZADORA ,
Y MAXIMILIANO LO MISMO DE ACTEÓN ,
EN ESTE CASO NO FUE DIFERENTE , PERO YA SE NOTABA EN MAX EL PASO DEL TIEMPO , ANTES PODÍAMOS DECIR QUE ERA ARROLLADOR NO HABÍA QUIEN HICIERA ESTE PAPEL COMO EL , SUS SALTOS VIRTUOSOS Y SUS GIROS TANTO EN EL AIRE COMO A TERRA , MAX NOTABLEMENTE SUBIDO DE PESO , NO ERA EL ACTEÓN DE ANTAÑO .

NO QUIERO DECIR QUE ESTUVIERA MAL , BAILO CON SU FUERZA ACOSTUMBRADA , Y CON SALTOS ESPECTACULARES , PERO YA HAY OTROS CAZADORES QUE HAN REBASADO ESTE NIVEL .
CECILIA LIMPIA Y BELLA SIGUE SIENDO LA DIANA QUE TODOS ESPERAN Y CUMPLE , GRAN PESO EN EL ESCENARIO , TRANQUILIDAD , SEGURIDAD , DOMINIO DE LA TÉCNICA , QUE ES CAPAS DE HACER DE LO VIRTUOSO ALGO NORMAL ,UNA PRIMERA FIGURA DEL MUNDO , VERLA NOS DA ESA PAZ QUE NO TENEMOS Y QUE BUSCAMOS CADA VES QUE VAMOS A VER ESPECTÁCULOS , A CECILIA EL TIEMPO COMO AL VINO LE DA MEJOR SABOR .

LAST KISS

RASTA THOMAS

MUY BIEN ESTE SOLO , CON MÚSICA DE ANDREA BOCCELLI , YA ES UNA GARANTÍA , SI ENCIMA DE ESO TENEMOS UN INTERPRETE INSPIRADO , CON MUY BUENAS CONDICIONES FÍSICAS , CON DOMINIO ESCÉNICO Y ENTREGADO , ES UN ÉXITO .

DON QUIJOTE

PALOMA HERRERA , JOSÉ MANUEL CARREÑO .

NO PODÍA TERMINAR MEJOR , EL BAILARÍN MASCULINO ,MAS CONSAGRADO DE TODOS LOS PRESENTES , EL QUE ABRIÓ EL CAMINO PARA EL RECONOCIMIENTO DE LA ESCUELA CUBANA DE HOMBRES , EL INSPIRADOR DE LAS NUEVAS GENERACIONES DE ESTRELLAS CUBANAS MASCULINAS EN EL MUNDO , ESTO SIN OLVIDAR LOS QUE TRAZARON EL CAMINO , QUE NOS HICIERON APRECIAR EL ARTE DEL BALLET , LOS QUE NOS IMPULSARON A ESTUDIAR UNA CARRERA QUE NO ERA BIEN VISTA PARA UN HOMBRE.

Y CITO A JORGE ESQUIVEL , LÁZARO CARREÑO , ORLANDO SALGADO , ANDRÉS WILLIAMS,COMO BAILARINES SIN OLVIDAR A LOS JOAQUÍN BANEGAS , ADOLFO ROVAL , Y OTROS QUE SERIA MUY LARGO INCLUIR EN ESTA RESEÑA, PERO QUE ESTÁN PRESENTES SIEMPRE , PORQUE TODOS APORTARON PARA EL DESARROLLO , DE ESTOS BAILARINES QUE HOY ESTÁN ENTRE LOS MEJORES DEL MUNDO.

Y ME REFIERO A LOS CUBANOS, QUE TRIUNFAN EN DIFERENTES COMPAÑÍAS E IMPORTANTES, JOSÉ CARREÑO , FUE EL PRIMERO QUE SALIÓ PARA CONTRATARSE Y PERMANECER FUERA DEL BALLET DE CUBA POR MAS TIEMPO ABRIENDO UN CAMINO QUE OTROS NO PUDIERON TENIENDO TANTO TALENTO COMO EL,
PERO POR CIRCUNSTANCIAS DE LA VIDA SE QUEDARON EN CUBA.

FUERON ESTRELLAS PERO ALLÍ ADENTRO, EL ES ESTRELLA DEL MUNDO AUNQUE ES CUBANO NACIDO CRIADO Y ESTUDIADO, LO LLEVA A DONDE QUIERA QUE VA Y LO DEMUESTRA, TIENE TALENTO Y POR ESTA RAZÓN TRIUNFA, PORQUE ES SU TALENTO Y SU ESFUERZO LO QUE LO HACE TRIUNFAR,
EL ESTAR CADA DÍA EN LA CLASE TRABAJAR
, ENSAYAR, ESTUDIAR, ES INTELIGENTE, Y HABLO DE EL PORQUE ES AL QUE VIMOS AYER CERRAR ESTA GALA DE GIGANTES DE LA DANZA, ES AL QUE HOY ME REFIERO.
HAY OTROS QUE TAMBIÉN TRIUNFAN,
PERO DE ELLOS HABLAREMOS CUANDO EL MOMENTO LO REQUIERA.

FUE EL VERDADERO GIGANTE, AUNQUE TODOS ESTUVIERON A LA ALTURA QUE ESPERAMOS.
DESEO QUE BAILE POR MUCHO TIEMPO Y QUE SIGA TRIUNFANDO EN CADA ESCENARIO DONDE SE PRESENTA.

NO ES FÁCIL MANTENER EL NIVEL QUE TIENE EN ESTE MOMENTO. PERO ES MUY RECONFORTANTE PODER TENER CERCA A ESTE TALENTO Y APRENDER DE EL AUNQUE SEA PARA ENSEÑAR A LAS NUEVAS GENERACIONES
QUE ESTOY SEGURO QUE PODRÁN LLEGAR A DONDE ESTA EL Y ALCANZARLO, SIEMPRE Y CUANDO SEAN CAPACES DE ENTENDER COMO EL,
QUE EL BALLET ES DE CADA DÍA Y NO DE UN DÍA,
Y QUE HAY QUE TRABAJAR DURO , PARA LLEGAR A ESOS NIVELES.

HOY EN DÍA HE CONOCIDO ALGUNOS BAILARINES QUE DESPUNTAN CON TALENTO, CONDICIONES Y TÉCNICA, PARA LLEGAR A ESOS NIVELES,
¿ PERO TENDRÁN LA CABEZA ? ESO EL TIEMPO LO DIRÁ,
Y SOLO DEPENDE DE ELLOS QUE PUEDAN LLEGAR .

LA NOTA AMARGA DE LA FUNCIÓN .

LA ORQUESTA QUE ACOMPAÑO EL ESPECTÁCULO: FATAL.

LLEGÓ HASTA MOLESTAR A LOS OÍDOS,
YA NO QUIERO HABLAR DE LO QUE SINTIERON LOS BAILARINES,
QUE AL FINAL SON LOS QUE SUFRIERON LA INCOMPETENCIA DE UNOS MÚSICOS, QUE SI SABEN TOCAR, NO LO DEMOSTRARON
O MAS BIEN SOLO TRATARON DE CUMPLIR LOS HORARIOS PARA QUE LES PARARAN EL DINERO ACORDADO POR HORAS DE TRABAJO.

POR ARTISTAS COMO ESTOS ES QUE EL PUBLICO PIERDE EL RESPETO A LOS ESPECTÁCULOS.
NO ERA UNA ORQUESTA A LA ALTURA DEL ACONTECIMIENTO.

SE NECESITAN ARTISTAS CUANDO SE TRATA DE LLEVAR A ESCENA UN GRAN ESPECTÁCULO Y ESTA ORQUESTA NO DEBÍA ESTAR ALLÍ ENTRE LOS GRANDES DEL MUNDO

ORQUESTA FILARMÓNICA DE LA CIUDAD DE MÉXICO

BIEN PODÍA HABERSE LLAMADO ORQUESTA ANTI ARMÓNICA.
FUE DESAGRADABLE ESTAR PRESENTE ESCUCHANDO LA MÚSICA QUE TOCARON ESTOS LLAMADOS MÚSICOS
Y HAY QUE AGRADECER , QUE EL SEGUNDO DÍA RESULTÓ MEJOR .

GRACIAS A TODOS LOS QUE HICIERON EL ESFUERZO PARA QUE ESTE ESPECTÁCULO SE PRESENTARA EN MÉXICO.
FUE UNA GRAN IDEA, AUNQUE NO ES EL RECINTO IDEAL,
NI LAS CONDICIONES SON LAS MEJORES PARA LLEVAR UN ESPECTÁCULO DE ESTA MAGNITUD CON ESTOS BAILARINES DE TANTO TALENTO.

PERO AL FINAL SE CUMPLIÓ EL OBJETIVO :

LOS BAILARINES BAILARON DIERON TODO, SIN MIEDO SALIERON Y BAILARON SIN PENSAR EN LAS CONSECUENCIAS QUE LES PUEDE ACARREAR ESTE ESCENARIO QUE ES MUY DURO
Y EL FRÍO QUE LOS ACOMPAÑÓ DURANTE LA FUNCIÓN .
AGRADECIMIENTOS ESPECIALES A
CECILIA KERCHE , JOSÉ CARREÑO , MAXIMILIANO GUERRA , GIUSEPPE PICONE .
POR ENSEÑAR AL MUNDO QUE LOS GRANDES EN EL SALÓN SON TAN PEQUEÑOS COMO TODOS EN EL MUNDO , POR SER SERES HUMANOS , Y QUE SE COMPORTAN COMO TALES , CON VIRTUDES Y DEFECTOS , PORQUE EN LAS CLASES Y ENSAYOS TRABAJARON COMO SI FUERA EL PRIMER DÍA PARA EMPEZAR UNA CARRERA , POR BAILAR COMO SI FUERA LA ULTIMA FUNCIÓN , POR ENTREGARLO TODO Y HACER QUE EL PUBLICO SOÑARA , POR COMPORTARSE COMO PERSONAS NORMALES EN TODOS LOS LUGARES A DONDE FUERON , POR NO MENOSPRECIAR HASTA LA MAS INSIGNIFICANTE PERSONA QUE SE LES ACERCO PARA PEDIR UN AUTÓGRAFO , O TRATAR DE TENER UNA CHARLA CON ELLOS , FUERON TAN SENCILLOS QUE LOS HIZO GIGANTES .

JORGE VEGA .

PD

NO SE TRATA DE MENCIONAR A TODOS LOS QUE HAN TENIDO QUE VER CON EL DESARROLLO DEL BALLET EN CUBA.
SOLO PONER ALGÚN EJEMPLO, PARA FUNDAMENTAR ESTE ESCRITO. QUE ES SOLO MI OPINIÓN.
TODOS PUEDEN ESTAR EN CONTRA ES SÓLO MI OPINIÓN .

Cecília Kerche


Cecília desde muito cedo conviveu com a realidade de um país em crescimento, onde se sonhava em adquirir conhecimento para formar opinião.
Sendo seus pais professores, conviveu muito de perto com a busca do saber, saber este que sempre apontou para os valores essenciais da vida.
Não é muito difícil notar em Cecília uma extrema capacidade para viver as virtudes humanas, como por exemplo a constância – que é a capacidade de se vencer nas pequenas coisas do dia a dia; a generosidade – que é a capacidade de se preocupar com o outro; a laboriosidade – que é a capacidade de exercer um trabalho bem feito.
Esta foi sempre a temática de sua família, alicerçada no grande potenciador que é o amor , passado aos filhos por seus pais. Esse caminho a ajudou ser uma das principais profissionais no ramo da dança a nível mundial e sobretudo, a não se deixar arrastar pelo efêmero.
- “Meus Pais sempre tiveram muita dificuldade para “ bancar ” meus estudos de dança, mas foi graças a essa dificuldade que aprendi a valorizar minha profissão e o profissional da dança. Até hoje, minha mãe não se comporta como mãe de artista... Aliás, gosto muito desse padrão, porque é o que me norteia a estar sempre dentro da realidade. Sei separar “ tietagem “. de uma amizade sincera, e devo isso à educação que recebi dos meus pais. Minha mãe nunca foi de elogios. Ela me prestigia, porém sempre com muita sobriedade em relação ao meu trabalho. É uma grande educadora...
Recordo que um dia reclamei sobre a variedade da comida à mesa, pois havia apenas era banana frita, feijão e arroz. Minha mãe respondeu: - “Você está reclamando ? Meus alunos comem pano de refeição. “
Nossa ! Aquela resposta foi uma lição para toda vida. Já imaginou comer pano no almoço? Aos 15 anos tive a sorte de conhecer Pedro Kraszczuk, fabricante de sapatilhas e também bailarino e que me incentivou muito. Acabamos casando e estamos juntos há 23 anos. É ele quem cuida da minha carreira. Eu estudava ballet desde os 8 anos, mas foi aos 15 que comecei a dançar mesmo. Pedro patrocinou as sapatilhas e custeou meus estudos ”.
Característica natural na interpretação de Cecília Kerche é essa elegância clássica, porque é algo que reflete a sua alma, seu modo de ver o ser humano como um todo. Quem convive de perto com essa profissional percebe sua escolha pelo essencial, nada é visto aleatoriamente.
Na arte de Cecília Kerche se pode encontrar uma magnitude de movimentos cuidadosamente elaborados com o requinte de uma expressividade suave inundando o universo pessoal do expectador. Sua interpretação comunica porque transmite verdade e transmite verdade porque realiza.
É alguém que transforma a angústia de seu personagem em algo transcendental, pela magnitude de movimentos cuidadosamente elaborados a cada nota, libertando através de sua arte o universo individual de quem a assiste. Expõe sua verdade íntima com a maturidade de uma diva , somada ao requinte e elegância pessoal de uma grande intérprete.
Entretanto, nem tudo foi sempre colorido na vida dessa intérprete internacional . É ela quem diz::
“A gente não passa ileso por essa carreira, que tem a sua maravilha, a sua magia, mas também tem a parte dolorida. O artista, assim como o atleta, aprende a encarar as lesões como parte do trabalho. Não há, ganho sem dor”. (...)
É a simplicidade madura dessa profissional que consegue através das circunstâncias da própria profissão
extrair sentido a cada dificuldade ultrapassada.
Quando não está atuando, Cecília gosta das coisas simples da vida como ir ao cinema, ler, bordar, cozinhar. “Sou uma pessoa à moda antiga”, confessa.
Essa pessoa “ à moda antiga “, como ela mesma se define, não se deixa arrastar pelas opiniões dos pseudo- entendedores da arte da dança. A profissional determinada ,objetiva valores nobres onde o respeito a seus colegas vem em primeiro lugar. Como ela mesma diz – “ O Sol brilha para todos.”
Cecília não se angustia mais com a carreira uma vez que o reconhecimento internacional e , principalmente no seu país, lhe dão a serenidade e segurança de missão cumprida que os vitoriosos merecem desfrutar. Ela se considera uma bailarina à moda antiga, cuja arte resiste ao tempo e se aprimora com ele.
- “Claro que o trabalho ideológico nunca estará concluído, mas estou deixando pelo menos uma esperança para esta geração e as gerações que virão. Uma esperança- já concretizada, de que é possível fazer arte, ballet no Brasil, uma vez que sou de escola exclusivamente brasileira, nunca estudei em outro país. Quando viajei, foi para dançar em 17 companhias estrangeiras, em mais de 20 países. Fui como convidada e não para aprender. Tudo que aprendi foi aqui no Brasil ”.
É a afirmativa emocionada e resoluta, desse ser humano de temperamento apaixonado e emotivo.
- “Para que o Brasil seja referência na arte de dançar é necessário que o trabalho se inicie nas escolas. Existem muitos problemas nas escolas de dança porque muitas pessoas abrem uma academia sem ao menos ter cursado uma escola. Este é um dos problemas a que me refiro, mas também há outra realidade: estamos exportando bailarinos competentes. Isto é bom para o Brasil porque estes bailarinos divulgam bem a nossa imagem no exterior, mas ao mesmo tempo é ruim, porque o nosso país fica sem estes profissionais. O profissional da dança em nosso país ainda enfrenta a dificuldade do campo de atuação, pois em linguagem oficial, temos em todo país apenas cinco Companhias oficiais o que restringe de forma radical a vida desses profissionais. Devido a esta realidade, muitos bailarinos não fazem a dança clássica. Todos estudam esta técnica no início da carreira, mas depois acabam fazendo dança contemporânea, embora a vontade inicial fosse ser uma princesa ou um príncipe de um ballet de repertório”.
O nome Cecília Kerche é também grife internacional de artigos de dança. Essa marca de produtos é considerada uma das cinco melhores no mundo, o que reforça o cuidado e o profissionalismo esmerado dessa personalidade brasileira. É tão sensível a novos ideais que resolveu ampliar seus conhecimentos e cursar Moda.
O filósofo Platão nos faz refletir quando afirma que o belo é o esplendor do verdadeiro e do bem. Assim se pode concluir segundo Ana Sánchez de la Nieta, que a elegância é a adequação do atraente com a forma pessoal de ser, de pensar e de agir. A beleza é a estética do bem. Essa sensibilidade estética tão característica na dança de Cecília Kerche, nada mais é que o reflexo da temperança, coragem, prudência e justiça, virtudes cardeais descobertas pelos gregos muito antes da era cristã, onde a unidade de vida pode-se tornar um conceito estético porque reside na coerência. Essa é uma qualidade que Cecília não abstrai da sua vida.
Sente-se muito feliz quando vê alguém usando uma camiseta ou outro produto que contenha estampada a sua imagem . “ É um sinal de que o público está reconhecendo o meu trabalho, quando as pessoas percebem que tenho um enorme amor à dança”.
Um de seus sonhos é ver o Brasil como um dos centros mundiais de produção de dança.
Qual sentido se pode atribuir a arte em nossa vida, nessa linguagem de comunicar o invisível, através da verdade pessoal do intérprete, que utiliza sua totalidade física para chegar ao expectador ?
Seria a arte uma aliada do ser humano?

"Ballerina"


By JENNIFER DUNNING
Published: November 19, 1987
LEAD: ''BALLERINA,'' to be shown on the Arts & Entertainment Network tonight at 9 P.M. and 1 A.M.and on Sunday afternoon, is a feast. Part of a four-hour series written and narrated by Natalia Makarova and produced for the BBC and A&E, this homage to the ballerina begins a little slowly with looks at Marcia Haydee and Miss Makarova performing in ballets by Maurice Bejart and Roland Petit.
''BALLERINA,'' to be shown on the Arts & Entertainment Network tonight at 9 P.M. and 1 A.M.and on Sunday afternoon, is a feast. Part of a four-hour series written and narrated by Natalia Makarova and produced for the BBC and A&E, this homage to the ballerina begins a little slowly with looks at Marcia Haydee and Miss Makarova performing in ballets by Maurice Bejart and Roland Petit. There is an extended - and funny -rehearsal session for Miss Makarova with Jerome Robbins.
The program ends with too-brief glimpses of possible ballerinas of the future, including the poetic Metta Bodtcher and, most notably, Cecilia Kerche, a lovely Brazilian classicist of exceptional dignity. Along the way, we get an in-depth ballerina's view -through coaching sessions and film clips of rehearsals and performances - of such historical classics as ''Giselle,'' ''The Sleeping Beauty,'' ''La Bayadere'' and, most tellingly, ''Swan Lake.'' Films offer the viewer a chance to compare Margot Fonteyn and Elisabeth Platel as Aurora, and Galina Ulanova and Alicia Markova as Giselle.
Sir Kenneth MacMillan has some controversial comments to make about Marius Petipa and his ''acrobatics,'' which are followed, amusingly, by an acrobatic pas de trois from Sir Kenneth's ''Manon.'' Carla Fracci talks poignantly about creating the role of Juliet with John Cranko in his ''Romeo and Juliet.'' Then, in the memorable last section, we get to see Alexandra Danilova, still ''champagne,'' as Miss Makarova calls her, coaching girls at the School of American Ballet in New York, and Dame Alicia Markova, sweet-voiced and hawk-eyed, working revealingly with dancers of the London Festival Ballet.
Serious ballet fans will not want to miss the historic film clips of Anna Pavlova and Olga Spessivtseva, accompanied by the vivid observations of Sir Frederick Ashton and Antony Tudor. Miss Makarova is intrusive in the Ashton conversation, but she is otherwise a good interviewer and a glamorous and perceptive guide on this compelling journey through ballet history.
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Vocação

Dançar é deslizar pelo universo individual do ser humano capacitando-o chegar ao infinito.Um talento desperto numa ingênua preocupação de correção estética - anatômica, foi o diferencial que contribuiu para a performance futura que definitivamente transformou-se na vocação de bailarina de Cecília Kerche.
Protagonista de uma carreira de reconhecimento internacional onde musicalidade, plasticidade, sensibilidade e emoção desenham uma trajetória de sucesso.
Paulista de nascimento radicada no Rio de Janeiro, teve como professores, Vera Mayer, Halina Bienarcka e Pedro Kraszcuzuk, seu maestro e marido.
Passou a integrar a Companhia de Ballet do Teatro Municipal do Rio de Janeiro em 1982, cumprindo a determinação que se fez ainda no seu começo de estudo que - “um dia ocuparia o cargo de primeira bailarina do Teatro mais importante do País” - como de fato ocorreu no ano de 1985.
Uma visibilidade futura,cujo fator preponderante é a sua própria atuação.
O amor pela dança é o grau de excelência almejado, com dedicação e abnegação dessa bailarina que compreende sua arte como sacerdócio, ou seja, uma total disponibilidade ao essencial. Dispensando o efêmero e concretizando valores através da sua vida profissional.
Cecília Kerche, participa de apresentações nos mais importantes Festivais brasileiros e internacionais, por exemplo em cidades como Havana, interpretando obras completas junto ao Ballet Nacional de Cuba.
Apresentou-se em diversas Galas Coreográficas nas cidades de Madri, Moscou, Londres, Santander, Peralada, Narvi Jerez, Cidade do México, Caracas, Santiago do Chile, Assunpção, Montevidéo, Porto Rico, Dresden, Bruxelas, Antuérpia, Paris. Nessas últimas cidades tomou parte no espetáculo “Los Gigantes de La Danse”, junto a Maya Plissetskaya, e várias outras estrelas internacionais.
A Rússia é um lugar de destaque em sua carreira internacional. É convidada periodicamente para atuar nas versões integrais de grandes clássicos nas cidades de Odessa, Novosibirsky, Tashkent, Ufá.
A Australian Ballet contou com sua presença na participação no Ballet “Spartacus”, apresentado nos Teatros de Melbourne e Sidney.
Como convidada do English National Ballet, na categoria de Senior Principal teve a seu encargo a temporada de inverno de 93/94, retornando à companhia como Principal Residente Guest Artist, quando participou das temporadas de inverno e verão de 95/96.
Em 1996, Márcia Haydée criou especialmente para Cecília Kerche um pas de deux inspirado na lenda da sereia Yara.
Posteriormente ,atuou em turnê pela Coréia de onde voltou à companhia de ballet do English National Ballet para turnê na Inglaterra na temporada de Outono de 97.
Na América do Sul, a Argentina se transformou para a artista em espaço amplamente percorrido e de grande reconhecimento da parte de público e críticos, com freqüentes apresentações como artista convidada em Galas, Recitais e atuações junto às companhias oficiais do País.
Convidada periodicamente para atuações no Teatro Colón, fez a estréia sul-americana de “La Bayadère”, preparada por Natalia Makarova.
Mais uma vez convidada pelo Teatro Colón de Buenos Aires, agora em comemoração ao centenário de falecimento de Tchaikovsky, interpretou as personagens, Rainha das Neves e a Fada Açucarada do ballet “O Quebra Nozes”.
Interpretou ainda - “Nikya” - personagem do Ballet “La Bayadère”, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro por essa mesma ocasião.
Em 1999 foi convidada pelo Ballet Nacional do Chile em comemoração aos 40 anos desta companhia, para atuar nas produções de “La Bayadère”, “O Lago dos Cisnes” e “Giselle”.
Em 2000, Derek Dean criou para Cecília Kerche a personagem” Fada Lilás” para a mega- produção do ballet “A Bela Adormecida” no Royal Albert Hall.
No encerramento da temporada de ballet do ano de 2004 , no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, emocionou o público com sua sensibilidade e elegância clássica, ao interpretar primorosamente sua personagem - “Tatiana”- no ballet “Eugene Onegin”.
Em Maio de 2005 retornou à cidade de Perm, na Rússia ,para dançar o ballet “O Lago dos Cisnes” , convidada por Natália Makarova, que considera Cecília Kerche a melhor intérprete das últimas décadas das personagens Odette/Odile.
Devido às suas atuações como artista convidada no exterior, em 2006 recebeu uma bela e merecida homenagem, outorgada pelo Teatro Municipal do Rio de Janeiro, como a bailarina que mais dançou no exterior o Ballet “O Lago dos Cisnes”, homenagem esta que contou com sua brilhante atuação contemplando mais uma vez com sua arte,o público do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Ainda em 2006 foi convidada pela UNESCO para fazer parte do (CID) - Conseil International de la Danse ,como um reconhecimento por toda sua trajetória internacional.


Wellen de Barros